Fluxo de caixa em obra
Você já teve problemas em obra para saber quanto do orçamento já foi utilizado, quanto ainda sobra e, mais importante, quanto há na conta? Nesse post mostraremos como é fácil incluir o fluxo de caixa em obra a e adaptá-lo à rotina da construção, de tal maneira que você poderá começar a trabalhar com ela logo depois a leitura do texto.
Realizar um fluxo de caixa é: saber onde você está e para onde você pode ir de acordo com seu caixa atual e previsto. Previsão essa feita lá atrás, no estudo de viabilidade do empreendimento. Por isso, é mais do que necessário controlar e gerenciar as finanças da sua obra. Apesar de ser uma ferramenta antiga e, relativamente, simples de se realizar, muitas empresas deixam de implementá-la por motivos, como:
- Insegurança na área financeira
- Falta de prioridade ao tema
- Descentralização da informação
- e muitos outros
Qual a importância de se realizar um fluxo de caixa em obra?
Antes de abordar diretamente o tema “fluxo de caixa”, precisamos estar de acordo da alta complexidade de uma obra de construção civil. Se você é engenheiro, sócio ou apenas trabalha na área, vai concordar comigo. O tamanho da cadeia de suprimentos que envolve um único projeto é imenso.
Dentre todas as responsabilidades de quem coordena uma obra, temos:
- Controle de estoque
- Controle físico-financeiro
- Gestão de mão-de-obra
- Marketing
- Financeiro
- Comercial
- Suprimentos
E essas citadas acima não são todas.
Diante disso, podemos, analogamente, comparar uma obra a uma empresa independente. Seja ela, pequena ou grande, o projeto pode envolver vários setores.
Dado isso, podemos observar que, apesar de termos separado o setor “financeiro” como uma responsabilidade à parte das outras, ela é a que estabelece a “viseira” de quem coordena, pois é só com dinheiro no bolso que podemos seguir trabalhando, não é mesmo?
Uma ferramenta que pode, e deve, ser utilizado para controle desse financeiro é o fluxo de caixa. Vamos explicar como fazer a seguir.
O que é um fluxo de caixa?
Fluxo de caixa nada mais é que uma ferramenta de gestão para controlar todas as entradas e saídas monetárias envolvidas em um determinado projeto. Nela se gere, principalmente, as receitas, as despesas e o saldo em conta.
Para exemplificar esse assunto e para deixar ainda mais claro, imaginemos o seguinte:
Você é o gestor de uma obra, a qual possui uma conta bancária de controle interno. Seja seu saldo: R$ 100 mil reais.
O mês acabou de começar e já estava planejado para realizar uma compra nesta semana. Foram gastos R$ 20 mil reais em argamassa de assentamento.
Como a obra está em andamento e seu time comercial é muito bom, alguns apartamentos já começaram a ser vendidos. O primeiro pagamento de um apartamento já foi realizado e teve o valor de R$ 220 mil reais.
Dado esse exemplo, qual é nosso saldo na conta atual, sem precisar abrir o aplicativo do banco?
Saldo anterior + Receitas – Despesas = Saldo atual
Logo, nosso saldo atual na conta é de R$ 300 mil reais.
A esse tipo de fluxo, o qual a receita foi maior que a despesa, damos o nome de superávit ou superavitário. Caso a situação fosse contrário, onde a despesa fosse maior, daríamos o nome de déficit ou deficitário.
Simples não é? Pois bem, é claro que na realidade de um obra, as contas não são tão básicas, mas tudo começa em algum lugar. Logo, se você não possui um sistema interno ou até mesmo uma planilha, comece anotando no caderninho. Depois vai passando para uma planilha e, quando sentir a necessidade, passe para um software.
É importante frisar que há uma pequena diferença entre controle de caixa e fluxo de caixa, que falaremos a seguir.
Qual a diferença entre controle de caixa e fluxo de caixa?
Esses dois termos são bem parecidos, tanto no conceito quanto na prática. Porém, há uma pequena diferença que precisamos distinguir.
A verdade é que o controle de caixa regula basicamente as entradas e saídas monetários do financeiro, assim como o fluxo de caixa, contudo ele se limita a registrar essas movimentações, suas devidas origens e destinos e datas transacionadas.
O fluxo de caixa visa, com os registros de controle de caixa, também, controlar as movimentações de entrada e saída somado a análise futura, isto é, contas à pagar e contas à receber, pois assim, você será capaz de não só calcular o seu saldo atual, mas qual será a projeção dele nos próximos meses.
A importância desse conhecimento está, basicamente, na análise da situação do seu caixa futuro para antecipar certas decisões, como captação ou empréstimos financeiros, em caso de situação deficitária, ou aplicação de valor excedente em investimentos, em caso de situação superavitária.
Qual a diferença entre regime de caixa e regime de competência?
Cuidado! Eis aqui um erro muito comum das pessoas que começam a controlar sua obra sem muito conhecimento financeiro.
Regime de caixa, nada mais é do que o controle financeiro por fluxo de caixa, como já abordamos anteriormente. Para deixar claro, pense nesse regime como a resposta da seguinte pergunta: Quando eu tinha, tenho e quanto eu vou ter em SALDO ou DINHEIRO na minha conta?
Ou seja, o regime de caixa se resume ao financeiro propriamente dito.
O regime de competência é o controle contábil da sua obra, ou seja, quando e quais operações financeiras foram realizadas. Aqui entendemos a diferença entre débito e crédito. Para o regime de competência, o que interessa é quando a operação foi feita e não, apenas, quando ela foi transacionada.
Por exemplo: imaginemos que você, como coordenador da obra, realizou a compra de argamassa, do exemplo anterior, no cartão de crédito, o qual vencerá daqui 20 dias.
Para o regime de caixa, a informação que interessa é apenas quanto e quando será transacionado o valor comprado. Já para o regime de competência, as informações da operação são relevantes: data, valor, quantidade, material/serviço da operação e data prevista da transação.
O objetivo principal do regime de competência está mais voltado a contabilidade, pois é sobre esse controle que sua obra/empresa será tributada. Já o regime de caixa é para controle do gestor, pois envolve a tesouraria do seu projeto.
E você, aprendeu algo com esse post?
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