É comum ouvir que abrir uma franquia em shopping é garantia de movimento intenso e vendas rápidas. Mas esse mito esconde uma etapa decisiva que, muitas vezes, vira armadilha: a obra comercial em shopping.
Mais do que erguer paredes ou instalar vitrines, esse processo é regido por manuais técnicos, exigências legais e padrões estéticos que, se ignorados, podem atrasar a inauguração em semanas.

Regras de obras em shopping: por que são tão importantes
Shoppings não criam regras por capricho. Eles fazem isso para proteger sua estrutura, manter a padronização visual e garantir a segurança dos visitantes.
Segundo levantamento da Abrasce, franquias já representam 27% das lojas em shopping centers brasileiros. Tendo uma fatia em crescimento e obras comerciais acontecendo com recorrência dentro dessas estruturas, as regras de obras em shopping são específicas para evitar problemas de estrutura e arquitetônicos.
Nesse caso, qualquer falha pode levar a multas ou, pior, ao embargo da obra.
Normas de obras comerciais em shoppings: o que você deve observar
As normas de obras comerciais em shoppings costumam ser extensas e, em alguns casos, chegam a ocupar dezenas de páginas em manuais técnicos.
A ideia é criar previsibilidade e manter o padrão do empreendimento. Na prática, isso significa que o franqueado precisa observar com atenção os seguintes pontos:
- Aprovação de projetos arquitetônicos: todo projeto deve ser submetido à administração do shopping antes do início da obra. Alterações de layout, fachada ou sistemas internos só podem ser executadas após o aval formal.
- Entrega de ART ou RRT: sem a assinatura de um responsável técnico (engenheiro ou arquiteto), a obra sequer pode começar. Esse documento comprova que há um profissional habilitado acompanhando os serviços.
- Horários restritos de execução: em muitos shoppings, a obra só pode acontecer de madrugada ou em horários fora do expediente comercial, justamente para não interferir no fluxo de clientes e lojistas.
- Isolamento acústico e controle de poeira: medidas obrigatórias para evitar incômodos às lojas vizinhas, como tapumes com vedação e barreiras temporárias.
- Adequação elétrica e hidráulica: é comum que os shoppings tenham padrões específicos de tensão elétrica, pontos de água e esgoto, além de normas para sistemas de ar-condicionado.
- Padronização de fachada e comunicação visual: cada empreendimento define tamanhos, cores e materiais permitidos para letreiros e vitrines. O objetivo é harmonizar a estética do corredor.
- Segurança contra incêndios: sprinklers, detectores de fumaça e saídas de emergência precisam estar integrados ao sistema central do shopping. Assim, o não cumprimento pode embargar a obra.
- Documentação complementar: em alguns casos, é exigida ainda a apresentação de laudos de vistoria, plano de descarte de resíduos e alvarás municipais específicos.
E se você quer ir além da execução técnica, vale conferir também este conteúdo sobre como criar ambientes que encantam clientes através do projeto de iluminação comercial.

Tendências e novidades de obra comercial em shopping
Nos últimos anos, a regulamentação de obras comerciais em shoppings também passou a incluir critérios ambientais.
Dessa forma, muitos empreendimentos já exigem a comprovação de descarte sustentável de entulho, o uso de tintas com baixo índice de compostos orgânicos voláteis (COVs) ou a preferência por madeiras certificadas. Essa preocupação não é apenas burocrática: ela se conecta à demanda crescente de consumidores por responsabilidade socioambiental.
Outro ponto em expansão é a eficiência energética. Vários shoppings condicionam a aprovação de projetos à utilização de lâmpadas LED, sensores de presença ou sistemas de ar-condicionado mais econômicos. Isso reduz custos operacionais para o lojista e reforça a imagem do shopping como espaço moderno e sustentável.
Além disso, cresce a atenção à experiência do cliente. Iluminação, ventilação e acessibilidade deixaram de ser “detalhes” e se tornaram fatores obrigatórios. Uma loja mal iluminada ou sem circulação adequada compromete não apenas as vendas, mas também a reputação do shopping.
Por fim, uma novidade em alguns empreendimentos é a exigência de tecnologia integrada: câmeras ligadas ao sistema de segurança central, sensores de fumaça conectados à brigada interna e até padrões de infraestrutura para futuras lojas omnichannel (como pontos de coleta de e-commerce).
Essa tendência mostra que as obras não são mais apenas sobre “levantar paredes”, mas sim sobre preparar a loja para um varejo cada vez mais digital e conectado.
Saiba também: como o projeto de iluminação comercial pode transformar um ponto de venda.
Caminhos para iniciar uma obra comercial em shopping
Está em dúvida sobre como começar a sua obra comercial?
No franchising, tempo é faturamento. A obra comercial em shopping é o ponto em que o investimento finalmente se converte em receita. Cada dia de atraso significa custos fixos acumulando e um retorno que não chega. Em um mês, esse impacto pode ultrapassar R$70 mil em prejuízo entre despesas e faturamento perdido.
Ainda assim, muitas redes tratam a obra como detalhe. Sem controle centralizado, cada unidade acaba diferente, prazos se alongam e o franqueado vê o payback se distanciar. Isso corrói a rentabilidade e afeta a credibilidade da marca.
É aqui que a tecnologia vira diferencial. A Zinz centraliza documentos, garante padronização entre unidades e mantém pagamentos retidos até a aprovação de cada entrega. Tudo fica registrado em fotos, o que reduz riscos, evita conflitos e dá transparência ao processo.
Por fim, com esse modelo, a abertura de loja em shopping: exigências da obra deixa de ser obstáculo e passa a ser parte de uma estratégia competitiva: mais previsível, mais rápida e com retorno financeiro antecipado.